No meio da uma crise de confiança no
sistema financeiro americano, vários economistas e ecologistas, em vez
de acharem uma solução para os problemas atuais e procurarem os devidos
canais de governo, decidiram sair a público defendendo as suas próprias
agendas pedindo soluções para o aquecimento global.
É como numa crise financeira de
casal: um dos dois decide discutir o dia que o outro não cumprimentou a
sogra ou o sogro, deixando a crise financeira fica sem solução.
Al Gore mostra em filme de vasta
repercussão que a Flórida, Nova York e Xangai seriam inundadas, algo
que as Nações Unidas já desmentiram.
Mas muitos acham que esse tipo de exagero é necessário para gerar indignação e ação numa população que muitos consideram apática e alienada. "É para o bem de todos", costumam dizer.
Acontece que crianças de 5 a 10
anos não são nada apáticas e alienadas: elas acreditam em tudo que
contamos, inclusive em Papai Noel.
Num excelente artigo,
Bjorn Lomborg mostra como crianças estão entrando em pânico, achando
que elas não têm mais futuro, devido às previsões catastrofistas em que
a premissa, novamente, é que "nada será feito para corrigir o problema".
Aliás, existem filmes sobre aquecimento global feitos especialmente para crianças, justamente aqueles que "nada poderão fazer" até se tornarem adultos, daqui 20 anos. Isso, obviamente, os deixa ansiosos.
Qualquer psicólogo irá lhe provar
que ansiedade é gerada por problemas que você acha que não conseguirá
resolver, ou que não tenha capacidade para evitar. É o caso típico de
uma criança.
Há livros infantis que estão
martelando sobre os riscos à biodiversidade, ecologia etc., como se as
crianças pudessem reduzir os hábitos de consumo de seus pais.
Temos Universidades e Centros
de Pesquisa e Estudo para que estes temas sejam discutidos, os piores
medos aventados e as soluções encontradas. São aqueles que fracassam na academia que saem assustando a galera.
Voltamos ao mesmo problema do
pânico gerado em depositantes de bancos americanos, quando economistas
americanos, ao invés de procurarem o FED para alertarem-no da suposta
iminente quebra de 200 bancos, foram direto para a imprensa.
Exageros têm conseqüências. Segundo
Lomborg, 54% dos americanos agora acreditam que a imprensa está
retratando o aquecimento global de forma mais sensacionalista do que
realmente é.
Na Inglaterra, 40% já acham que o aquecimento é um exagero. E aí o efeito será justamente o contrário: menos pessoas irão trabalhar para evitar emissões de carbono.
Márcio Pochmann, do IPEA, mostrou
pesquisa semelhante na área da Economia. Muitos desempregados, com as
notícias de queda de 4% no PIB e de que o "o ano já está perdido", deixaram simplesmente de procurar emprego, num fenômeno do desalento.
Desiludidos, saem das
estatísticas de desempregados, já que, tecnicamente, o desempregado é
aquele que responde afirmativamente à seguinte pergunta: "Você está há
30 dias procurando emprego?"
Quem responde "não mais" é considerado aposentado, e não desempregado.
Intelectuais precisam ser
socialmente responsáveis, como o resto da população. Assustar crianças
e velhinhas titulares de depósitos bancários simplesmente para chamar
atenção à sua agenda pessoal, fora dos mecanismos de debate, fóruns,
universidades e simpósios que existem aos montes, é fugir ao debate e
aos procedimentos científicos de validação de evidências e verificação
da falseabilidade das conclusões.
O Natal esta chegando. E o pai pergunta ao filho de 8 anos o que ele quer de presente para o Papai Noel
E o mesmo fala:
- Eu quero um revolver de presente.
O pai fala:
- Não filho! Ele vai ti dar um caminhão de brinquedo! Eu não quero filho meu com armas!
- Mas eu quero um revolver! - diz o filho.
- Não e pronto, moleque!
O moleque braveja:
- Ah, o senhor ia ver se eu tivesse uma arma!